Saiba como implementar uma cultura de Segurança do Trabalho na sua empresa

A construção de uma cultura de segurança do trabalho é de suma importância para qualquer empresa, a busca por um ambiente de trabalho seguro vai muito além de ser apenas uma prioridade, ela deve ser prezada como um dos valores da empresa, estando o tempo todo presente na rotina dos trabalhadores e dos empregadores.

Segundo o Ministério Público do Trabalho – MPT, o Brasil ocupa o quarto lugar no ranking mundial em acidentes do trabalho. A cada 48 segundos um trabalhador se acidenta no ambiente ocupacional. Em média, a cada 4 horas um trabalhador morre por falta de uma cultura de prevenção à saúde e à segurança do trabalho.

Os índices demonstram que a maioria das empresas brasileiras ainda não possuem um Sistema de Gestão de Segurança do Trabalho (SGST) eficiente para compor suas estruturas organizacionais, fato que é refletidos nos altos números de acidentes de trabalho que ainda ocorrem ano após ano.

Acidentes do trabalho como quedas, relacionados a objetos, equipamentos e máquinas, choques elétricos, lesões, queimaduras e outros ainda são comuns nas empresas brasileiras e poderiam ser evitados. Agora resta saber em qual estágio de maturidade sua empresa está quando o assunto é saúde e segurança ocupacional? A construção de uma cultura de segurança do trabalho ocorre por etapas e deve considerar três fatores que são indispensáveis para a implantação do seu processo:

  1. Comprometimento das Lideranças no Processo de Mudança.
  2. Desempenho dos Profissionais de Segurança do Trabalho.
  3. Envolvimento dos Colaboradores na Segurança e Saúde do Trabalho.

Antes de abordar cada um destes fatores, vamos primeiro definir o que vem a ser a cultura de segurança do trabalho.

Cultura de Segurança do Trabalho

Quando falamos de “cultura”, estamos abordando um contexto geral que inclui padrões, normas de comportamento e hábitos de um determinado grupo em um determinado local. Já a palavra segurança, de acordo com o Dicionário Online de Português, se refere a uma condição daquilo que está seguro, livre e afastado de perigo.

Desta forma podemos dizer que uma cultura de segurança do trabalho é um conjunto de conceitos e ideias incorporados em uma empresa, cujo objetivo é promover ações rotineiras que previnam todos os colaboradores de qualquer risco que a ocupação e o ambiente possam vir a fornecer, envolvendo todos os níveis hierárquicos de uma organização.

A expressão cultura de segurança, foi utilizada pela primeira vez no relatório técnico sobre o acidente na usina nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, na década de 1980, colocando-a como uma ação prioritária dos trabalhadores e das organizações.

As atitudes e o comportamento dos trabalhadores em relação à segurança deve ser motivada, desenvolvida e contínua. A comunicação e informação constante sobre o assunto é de extrema importância para levar a conscientização e conquistar tanto o comprometimento da liderança da empresa quanto o envolvimento de todos os colaboradores.

A cultura de segurança deve nascer da cultura organizacional, pois só assim vai influenciar as atitudes e o comportamento dos colaboradores. Caso isso ainda não seja uma realidade na sua empresa, primeiro é preciso incluí-la na cultura organizacional para que a segurança do trabalho seja mais do que uma prioridade e passe a ser algo atrelado à rotina de trabalho.

De acordo com a OIT, a cultura de segurança é uma questão que governantes, empregadores e trabalhadores devem defender para que haja respeito ao direito à segurança no ambiente de trabalho de um país. Além disso, coloca a prevenção como prioridade dentro da cultura de segurança.

A disseminação da cultura de segurança do trabalho em uma empresa considera os seguintes fatores:

  • Formação de um processo de melhoria contínua para a Segurança do Trabalho. O Ciclo PDCA é uma metodologia que vai nos ajudar a estabelecer um plano focado nos resultados críticos para a indústria.
  • Leis e normas vigentes.
  • Prevenção.
  • Aprendizagem organizacional.
  • Treinamentos.
  • Comunicação.
  • Transparência e confiança.
  • Recursos financeiros.
Ciclo PDCA

O profissional de segurança do trabalho é o agente fundamental para a mudança cultural na indústria e por isso deve ter perfil proativo e comprometido. A habilidade de comunicação e empatia devem ser características predominantes neste profissional, que deve mobilizar, tanto a liderança quanto aos colaboradores. A implantação de um Sistema de Gestão em Segurança do Trabalho (SGST) deve ser bem planejado, mas sobretudo deve considerar o estágio da cultura de segurança que a empresa se encontra.

A assimilação de políticas adequadas, sistemas de controle, fluxo de informações no ambiente industrial pode levar tempo. Por isso, o profissional de segurança do trabalho deve ser paciente e motivador com os colaboradores e promover a integração com a direção da empresa. O desafio deste profissional é não se acomodar num sistema pronto pois o processo deve ser melhorado continuamente, principalmente com a participação dos colaboradores.

Assim, o monitoramento da segurança do trabalho ocorre de forma contínua, seguindo processos e procedimentos, metas e objetivos.

Uma forma de revisar o papel dos profissionais da área de SST é conhecendo e definindo o SESMT – Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho, cujo objetivo é determinar os riscos no ambiente de trabalho e promover um conjunto de ações para neutralizá-los ou eliminá-los, garantindo a saúde e segurança do trabalhador. Consulte a Norma Regulamentadora – NR 04 – para dimensionar o SESMT conforme o Grau de Risco e o N° de Empregados do seu Estabelecimento, e evite multa ou penalidades durante a fiscalização.

Envolvimento dos Colaboradores na Cultura de Segurança.

O uso de equipamentos de proteção individual (EPI) e a participação de alguns funcionários da CIPA, por exemplo são direitos e deveres dos colaboradores.

Qual é a postura e ações individuais que o trabalhador tem em relação ao SGST e aos riscos presentes? E quanto a acidentes e à prevenção no ambiente ocupacional?

O engajamento dos colaboradores no processo de construção da Cultura de Segurança do Trabalho é de extrema importância e após ser conquistado, deve ser continuado e levado como uma das prioridades dos mesmos. A princípio há pouco envolvimento dos colaboradores em relação à cultura de segurança que se dá apenas para o cumprimento de normas e regulamentos.

No entanto, conforme o comprometimento da organização com a cultura de segurança  vai aumentando e o envolvimento dos gerentes vai se tornando maior, a atitude e a percepção dos funcionários começam a sair do plano da obrigação e vão entrando lentamente no campo da adesão. O estágio ideal da cultura de segurança envolve a participação dos trabalhadores que devem atuar como multiplicadores da cultura de segurança do trabalho envolvendo também equipes contratadas e fornecedores.

Uma boa maneira de envolver os colaboradores nesta cultura, é incentiva-los à participar do controle e da prevenção de questões que envolvem SST, fornecendo treinamentos constantes, palestras, incentivando que denunciem atos e situações inseguras, faça do colaborador um agente da Segurança a mais dentro do ambiente.

Papel das Lideranças na Cultura de Segurança

Gerentes convencidos da importância da cultura de segurança vão lutar pela conquista de uma estrutura adequada para a segurança do trabalho. A adesão da liderança é o exemplo a ser seguido pelo restante da organização e vai possibilitar a concretização da implantação da cultura de segurança na indústria, facilitando acesso a recursos materiais e tecnológicos, mesmo que gradativo.

Quanto mais a liderança se mostrar motivada a promover a prevenção, o seguimento das normas, etc, mais os funcionários vão se atentar à estes pontos e gradativamente a cultura vai sendo inserida, partindo de cima para baixo até se torna constante e presente em todos os níveis hierárquicos.

Tal envolvimento é também determinante para transmitir confiança e ampliar a percepção e as atitudes dos empregados nas questões referentes à segurança do trabalho. As iniciativas e a estrutura da organização são o que dão suporte para o trabalhador e a todo o sistema de gestão de segurança do trabalho.

Vale lembrar que a comunicação é a principal ferramenta que deve prevalecer para unir profissionais do SESMT, lideranças e empregados para a construção gradativa de uma cultura de segurança do trabalho nas empresas.

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Ademais, possuir uma gestão em segurança, atender as normas e blindar as organizações em possíveis processos trabalhistas deixou de ser uma prática apenas obrigatória por lei, mas está se tornando um diferencial de mercado que mostra um interesse do empresariado, não somente pela lucratividade de seus produtos ou serviços, mas também pelo bem-estar e o bom funcionamento de seu negócio.

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